Liturgia

Solenidade de S. João Baptista

 

Nesta Solenidade, a palavra de Deus apresenta-nos a figura profética de João Batista. Escolhido por Deus para ser profeta, ainda antes de nascer, ele é um dom de Deus ao Seu Povo. No entanto João não é a salvação; ele veio apenas dirigir o olhar dos homens para Cristo e preparar o coração dos homens para acolher a «salvação» que estava para chegar.

 

Da primeira leitura podemos retirar a seguinte conclusão: a profecia não é uma realidade reservada a pessoas especiais, mas é uma missão que brota do nosso compromisso batismal. Teremos nós consciência de que somos chamados a ser profetas, isto é, ser chamados a sermos palavra de Deus?

 

Na segunda leitura vemos que o profeta é um instrumento simples limitado e frágil, através de quem Deus age no mundo.

Isto revela que o profeta não tem que se orgulhar ou envaidecer: não são as suas qualidades que são determinantes, mas sim a ação de Deus.

 

No Evangelho fica bem expressa a diferença entre João e Jesus… João não é a salvação ele veio apenas dar testemunho da chegada iminente da salvação.

A sua missão não é levar os homens a aderir à sua pessoa, mas à pessoa de Jesus. O profeta deve ter cuidado para não usurpar nunca o lugar de Deus.

 

Tomando nós o exemplo de João na nossa caminhada de seguimento de Jesus, vamos anunciá-lo cheios de alegria com a força que nos vem do Espírito Santo e que vamos receber na nossa Eucaristia.

Santíssima Trindade

A Solenidade da Santíssima Trindade, que hoje celebramos, não é um
convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de "um Deus em
três pessoas", mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é
família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar
nesse mistério de amor.

A primeira leitura mostra-nos que Deus ama todos os homens e aceita,
com misericórdia, as nossas falhas. Deus vem ao nosso encontro,
fala-nos e indica-nos caminhos seguros de liberdade e de vida. A
certeza da presença amorosa, salvadora e reconfortante de Deus deve
ser uma luz de esperança que ilumina o nosso caminho e que nos permite
encarar cada passo da nossa existência com alegria e serenidade.
Outros "deuses", que tantas vezes nos seduzem e condicionam as nossas
opções, não são verdadeiramente garantia de vida e de felicidade.

A segunda leitura reafirma que Deus não é um Deus distante e
inacessível, mas é um Deus que acompanha com paixão a caminhada da
humanidade e que não desiste de oferecer aos homens a vida plena e
verdadeira. Se o homem estiver disponível para acolher a salvação que
Deus oferece em Jesus, torna-se herdeiro da vida eterna. Os membros da
comunidade cristã integram a família de Deus. Esta realidade deve
expressar-se na nossa vida comunitária: a nossa relação com os irmãos
deve reflectir o amor, a ternura, a misericórdia, a bondade, o perdão
e o serviço.

O Evangelho recorda-nos que no dia em que fomos baptizados,
comprometemo-nos com Jesus e vinculamo-nos com a comunidade do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. O nosso papel é continuar a missão de
Jesus, testemunhar o amor de Deus pelos homens e convidar os homens a
integrar a família de Deus, independentemente das fronteiras, das
raças, e da diversidade de culturas. O nosso confronto com o mundo
gera, muitas vezes, decepção e desilusão. No entanto, a certeza que
Jesus estará connosco até ao fim dos tempos deve alimentar a coragem
com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.

Tal como o salmista, oremos ao Senhor, partindo da nossa realidade de
criaturas de Deus. Aprendamos um pouco mais sobre este Deus que nos
criou por amor e para o amor.

Boa semana para todos ;)

DE COLORES

Pentecostes

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei
neles o fogo do Vosso amor.
Enviai, Senhor o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a
face da terra.

Hoje celebramos a Solenidade do Pentecostes. Celebramos o Espírito que
dá vida, renova e transforma cada um de nós para construirmos a
verdadeira comunidade cristã.

Na primeira leitura é apresentado o Espírito Santo, que anima a
caminhada dos cristãos, tornando-os corajosos e capazes de acolher
todos os homens, sem olhar a diferenças culturais e étnicas. Assim, a
Igreja de que fazemos parte é um espaço de liberdade e fraternidade.

Na segunda leitura, Paulo lembra-nos que o Espírito foi distribuído a
todos os crentes e reside em toda a comunidade. Isto significa que não
há cristãos mais ou menos importantes. O importante é que os dons do
Espírito resultem no bem de toda a comunidade, embora cada um dos
membros desempenhe funções diversas.

O Evangelho mostra-nos que a comunidade cristã é centrada em Jesus e é
em Jesus que está a sua identidade. Essa identidade constrói-se nos
gestos de amor e de partilha com os irmãos. O Espírito Santo é sopro
de vida que transforma cada cristão numa imagem de Deus, que
transforma o egoísmo em partilha, e o orgulho em humildade.

No dia do Pentecostes, o Espírito Santo fez ruir os muros do medo e da
indecisão, e nunca mais deixou de haver gente destemida, capaz de
apostar a vida no anúncio do Evangelho. Tal como o salmista, louvemos
o Senhor porque reconhecemos quem Ele é e quais são os sinais da Sua
presença.

Boa semana para todos ;)

Tiago

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Ascensão do Senhor

Hoje celebramos a Solenidade Litúrgica da Ascensão do Senhor. A
liturgia lembra-nos que, em Cristo, a nossa condição humana entrou
definitivamente na eternidade de Deus e que nós, Seus seguidores,
devemos continuar a realizar o Seu projecto libertador para os homens
e para o mundo.

Na primeira leitura, a Ascensão de Jesus recorda-nos que Ele foi
elevado para junto do Pai e nos encarregou de continuar a tornar
realidade o seu projecto libertador no meio dos homens nossos irmãos.
Uma vida vivida na fidelidade aos projectos do Pai é uma vida
destinada à glorificação, à comunhão definitiva com Deus.

A segunda leitura lembra-nos que nós, Igreja, formamos com Jesus um
Corpo destinado à vida plena. Isto significa que devemos viver numa
comunhão total com Ele e que nela recebemos a vida que nos alimenta.
Significa também viver em comunhão com todos os nossos irmãos, membros
do mesmo Corpo, alimentados pela mesma vida. Significa ainda que temos
a obrigação de testemunhar Cristo e de levar à plenitude o Seu
projecto de libertação em favor dos homens.

O Evangelho convida-nos a vencer a desilusão e o comodismo para
testemunhar a salvação e a vida definitiva a toda a humanidade, sem
olhar a raças, etnias, diferenças religiosas, sociais ou económicas. É
um grande desafio, principalmente nos dias de hoje, em que muitas
vezes os valores cristãos não se enquadram nos valores do mundo, mas
devemos recordar as palavras de Jesus: "Eu estarei convosco até ao fim
dos tempos".

O salmista reconhece que a realeza de Deus se estende a todo o
universo. Tem a certeza que Ele cuida do universo e, particularmente,
de cada ser humano. Consequentemente, não teme os caprichos da
natureza, nem a injustiça humana. Tal como o salmista, confiemos no
Senhor para continuarmos a realizar o Seu projecto libertador para os
homens e para o mundo.

Boa semana para todos ;)

Tiago

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6º Domingo da Páscoa

Hoje celebramos o Sexto Domingo do Tempo Pascal. A liturgia
convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado no exemplo de
Jesus e testemunhado a toda humanidade pelos Seus discípulos.

A primeira leitura mostra que a salvação oferecida por Deus destina-se
a todos os homens e mulheres. Deus convida-nos a acolher todos os
irmãos, sem discriminação, com bondade, compreensão e amor. Tal como
Pedro, quem tem a responsabilidade de coordenar, organizar ou animar a
comunidade, deve sentir-se um humilde instrumento de Deus e não
procurar o protagonismo.

A segunda leitura convida-nos a descobrir o incrível amor de Deus pela
humanidade, tal como foi mostrado por Jesus. Ser filho de Deus é
deixar que a vida de Deus circule em nós e se transforme em gestos
concretos de serviço em benefício de todos os irmãos.

No Evangelho, Jesus ensina-nos a amar, tal como Ele ama o Pai,
cumprindo os seus mandamentos. E a proposta é muito simples:
amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou. Daqui nasce a comunidade
dos amigos de Jesus , a comunidade de Homens Novos. Não é uma
comunidade fechada e voltada para si mesma, mas é uma comunidade que
tem a missão de testemunhar o amor de Deus e levar a toda a humanidade
o Seu projecto de salvação.

O Salmo deste Domingo apresenta-nos um Deus que intervém na História a
nosso favor. A experiência pessoal do ter sido salvo por Deus é o
centro deste Salmo. Tal como Maria, tomemos consciência das maravilhas
que o Senhor já vai operando e quer operar sempre mais na nossa vida.
Tendo com base uma experiência de salvação pessoal, que já vamos
fazendo, procuremos que a nossa vida ressoe para os outros como um
hino de alegria que se multiplica em palavras e gestos de atenção para
o próximo.

Boa semana para todos ;)

DE COLORES

Tiago

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5º Domingo da Páscoa

Hoje celebramos o Quinto Domingo do Tempo Pascal. A liturgia de hoje
ensina-nos como a nossa união a Cristo é importante para termos acesso
à vida verdadeira.

A primeira leitura fala-nos de todos nós que somos Igreja, uma
comunidade formada por homens e mulheres, membros de um só corpo - o
Corpo de Cristo. O caminho que percorremos como Igreja nem sempre é
fácil, mas com a força do Espírito Santo, é um caminho que nos conduz
a Deus, à vida definitiva.

A segunda leitura lembra-nos que a exigência fundamental do caminho
cristão é aderir à proposta de Jesus e segui-Lo, isto é, amar os
nossos irmãos. Quem guarda este mandamento, que tudo resume, vive em
comunhão com Deus e, pelo Espírito Santo, produz obras de amor.

O Evangelho apresenta Jesus como a verdadeira videira, de onde brotam
os frutos da justiça, do amor, da verdade e da paz. Esses frutos
continuam a ser oferecidos ao mundo e a todos os homens através de
nós, Seus discípulos, mas só o podemos fazer se permanecermos unidos a
Ele.

No Salmo de hoje há uma ideia recorrente: orar ao Senhor, louvá-Lo,
dar-Lhe graças. O salmista vê toda a humanidade que um dia há-de
adorar o seu Deus. Que todos nós sejamos uma comunidade que se dirige
a Deus e que com Ele viverá eternamente.

Boa semana para todos ;)

DE COLORES

Tiago
 

4º Domingo da Páscoa

Hoje celebramos o Quarto Domingo do Tempo Pascal, também chamado
Domingo do Bom Pastor.

A primeira leitura sugere-nos que o testemunho dos discípulos não deve
ser  um testemunho politicamente correcto, mas deve ser um discurso
corajoso e coerente, que apresente com fidelidade a proposta de
salvação que Jesus veio fazer. É o Espírito que os anima nessa missão
e que lhes dá a coragem para enfrentar a oposição daqueles que recusam
a proposta libertadora de Jesus.

A segunda leitura recorda que Deus nos ama ao ponto de fazer de nós
Seus filhos. Para alcançar a realização plena enquanto homens é
necessário escutar o Seu chamamento e viver de acordo com as Suas
propostas, mesmo que isso signifique a incompreensão do mundo.

No Evangelho, Jesus apresenta-se como o Bom Pastor. Para nós,
cristãos, este é o modelo a seguir. A missão de Jesus como Pastor não
é desempenhada no Seu próprio interesse, mas no amor a todos os
homens, as suas ovelhas, mesmo aqueles que ainda não O conhecem. Tal
como Jesus se identifica com a vontade do Pai, também nós somos
convidados a escutá-Lo e a segui-Lo, através de um confronto
permanente com a sua Palavra e a participação activa nos Sacramentos
onde se nos comunica essa vida que Ele nos oferece.

Meditemos nas palavras do Salmo deste Domingo (Sl 118). Todo este
salmo é um poema à confiança. Que a semana que vai começar seja também
um poema à confiança em Deus, um poema que cada um de nós deve
escrever…

Boa semana para todos ;)

DE COLORES

Tiago

DOMINGOS DA PÁSCOA 2012

2º DOMINGO DA PÁSCOA